Instituto Tomie Ohtake visita Coleção Vilma Eid – Em cada canto

300 obras de artistas populares

por Equipe Viva Decora
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Mostra que abre o calendário expositivo do Instituto reúne mais de 300 obras de artistas populares, modernos e contemporâneos. Paralelamente será inaugurada a exposição Patricia Leite – Olho d’água.

O Instituto Tomie Ohtake tem o prazer de anunciar Instituto Tomie Ohtake visita Coleção Vilma Eid – Em cada canto, exposição que se dedica a examinar o acervo da colecionadora e galerista Vilma Eid, que nos últimos quarenta anos forjou uma coleção singular, reunindo trabalhos de mais de 100 artistas entre os ditos populares, modernos e contemporâneos. Com mais de 300 obras divididas em duas salas, a mostra tem curadoria de Ana Roman e Catalina Bergues e ficará em cartaz entre 14 de março e 25 de maio de 2025, paralelamente à exposição Patricia Leite – Olho d’água. Em cada canto é uma realização da Casa Fiat de Cultura e Instituto Tomie Ohtake via Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, e conta com o patrocínio da Stellantis, sob a chancela Apresenta; do Itaú Unibanco, sob a chancela Platina; do BMA Advogados, sob chancela Bronze e Galeria Estação, sob chancela Apoio. Entre 17 de junho e 17 de agosto, a exposição segue em itinerância para a Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte.

 

João Liberato
Agostinho Batista de Freitas, Imigrantes, 1986, Óleo sobre tela, 70 x 100 cm, Coleção Galeria Estação

A mostra integra o programa de exposições Instituto Tomie Ohtake visita, que busca criar conexões com colecionadores e agentes do circuito da arte, proporcionando acesso a coleções que, em parte, são pouco exibidas ao grande público. Apresentadas sob diferentes leituras curatoriais, essas mostras se aproveitam de combinações improváveis de artistas e trabalhos para contemplar novas perspectivas de uma história da arte já consolidada.

No contexto da exposição, será lançada em parceria com a Editora Martins Fontes a coletânea Arte Popular – Modos de Usar, organizada por Amanda Reis Tavares Pereira — pesquisadora e curadora que tem consolidado investigações que ampliam e atualizam os debates sobre o tema. O livro recompila, discute e revisita a historiografia e as questões ligadas à arte popular, com textos de Lélia Coelho Frota, Fernanda Pitta, Ana Avelar, Ayrson Heráclito, entre outros, oferecendo uma leitura atualizada tanto de textos históricos quanto contemporâneos, ampliando e atualizando o debate.

João Liberato
Mirian Inêz da Silva Cerqueira, Sem título, s.d., Óleo sobre madeira, 55 x 110 cm, Coleção Vilma Eid,

Vilma Eid desempenha um papel fundamental na valorização da arte popular brasileira. Como fundadora da Galeria Estação, inaugurada há 20 anos ao lado de seu filho Roberto Eid Philipp, a galerista se dedica incansavelmente à promoção, reconhecimento e inclusão dos artistas populares no cenário artístico nacional e internacional, evitando rótulos que possam limitar ou estigmatizar tais artistas e suas produções. Ao dizer que “Arte é arte. Não importa a classificação”, Eid afirma seu entendimento sobre os múltiplos caminhos da criação artística. Em sua casa, a galerista dispõe as obras de tal forma a criar conexões inesperadas. Trabalhos de artistas modernos e contemporâneos como Geraldo de Barros, Mira Schendel, Paulo Pasta ou Tunga convivem com os ditos populares, como José Antonio da Silva, Izabel Mendes da Cunha, Itamar Julião ou Véio.

João Liberato
Alcides Pereira dos Santos, Avião de Vigilância Marítima, 1997, Acrilica sobre tela, 86 x 148 cm, Coleção Galeria Estação

Além de estimular o encontro destes trabalhos no ambiente expositivo, a mostra contribui com o debate sobre categorias de definição no sistema da arte. Como defendem as curadoras, “em vez de fixar uma definição do que é ‘popular’ ou ‘erudito’, a mostra Em cada canto sugere novas possibilidades de diálogos. Ao apresentar pela primeira vez o conjunto de obras reunidas por Vilma Eid nos últimos 40 anos, a exposição põe em evidência como as peças se transformam quando vistas lado a lado, estimulando o público a perceber a arte brasileira como campo aberto a intersecções e reinterpretações”.

João Liberato
Rubem Valentim, Composição V, 1964, Têmpera sobre tela, 46 x 27 cm, Coleção Vilma Eid

As duas salas que compõem a mostra trazem conexões entre artistas e obras encontradas na casa da colecionadora e outras propostas pela curadoria. Estão lá representadas questões recorrentes na história da arte: a relação entre tradição e inovação; temporalidade e espaço; cor e forma ou figuração e abstração. Em alguns casos, através de categorias ligadas à arte popular, como o imaginário rural, a valorização de saberes regionais ou os trabalhos com barro e madeira. Em outros, com processos costumeiramente relacionados ao modernismo e à arte contemporânea, incluindo aí os temas conceituais, a abstração ou o aproveitamento de materiais do dia a dia. Como afirmam Roman e Bergues, “apresentar, pela primeira vez, o conjunto heterogêneo de obras que habitava o ambiente doméstico de Vilma — onde surgiam conexões inusitadas entre estilos, épocas e técnicas — representa um desafio curatorial para manter a atmosfera de proximidade, sem abrir mão da clareza expositiva”, concluem.

Programa Público

A esta exposição soma-se um programa público de encontros, oficinas e vivências, com programação atualizada pelo site e redes sociais do Instituto ao longo do período expositivo.

Programa Instituto Tomie Ohtake visita

O programa Instituto Tomie Ohtake visita tem se destacado como uma iniciativa inovadora, ao estabelecer parcerias com colecionadores e agentes do circuito da arte para promover imersões em acervos de acesso restrito ao grande público. A primeira edição, realizada em 2022, apresentou a exposição Centelhas em movimento, um recorte da coleção do empresário Igor Queiroz Barroso, com curadoria de Tiago Gualberto e Paulo Miyada. Já em 2023, a segunda edição mergulhou na trajetória do marchand Paulo Kuczynski, resultando na mostra A coleção imaginária de Paulo Kuczynski, sob curadoria de Jacopo Crivelli Visconti. Ambas as exposições evidenciaram a riqueza e a diversidade da produção artística nacional, explorando narrativas plurais dos séculos 20 e 21. O Instituto Tomie Ohtake segue firme em seu compromisso de estimular novas formas de aproximação entre o público e a arte, reafirmando sua vocação como espaço de descobertas e diálogos sobre o patrimônio artístico e cultural.

Programa amigos

O Programa de Amigos do Instituto Tomie Ohtake quer aproximar o público de um dos espaços de arte mais emblemáticos da cidade de São Paulo. Além de apoiar, o Amigo Tomie fará parte de uma comunidade conectada à arte, contará com benefícios especiais e experiências únicas. São três categorias de apoio, contribuindo com novas exposições, programas educativos, orçamento anual e manutenção do Instituto.

Sobre a Stellantis

A Stellantis N.V. (NYSE: STLA / Euronext Milan: STLAM / Euronext Paris: STLAP) é uma das principais fabricantes de automóveis do mundo com o objetivo de fornecer liberdade de mobilidade limpa, segura e acessível a todos. É reconhecida por seu portfólio único de marcas icônicas e inovadoras, incluindo Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS Automobiles, Fiat, Jeep®, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot, Ram, Vauxhall, Free2move e Leasys. A Stellantis está executando o Dare Forward 2030, um plano estratégico ousado que abre caminho para alcançar a ambiciosa meta de se tornar uma empresa de tecnologia de mobilidade carbono Net Zero até 2038, com compensação de até um dígito percentual das emissões restantes, ao mesmo tempo em que cria valor agregado para todas as partes interessadas. Para mais informações, visite www.stellantis.com.

Serviço:

Instituto Tomie Ohtake visita Coleção Vilma Eid – Em cada canto

Abertura: 13 de março, às 19h

Em cartaz de 14 de março a 25 de maio de 2025

De terça a domingo, das 11h às 19h – entrada franca

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropé, 88) – Pinheiros SP

Metrô mais próximo – Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela

Fone: 11 2245 1900

Site: institutotomieohtake.org.br

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