
Foto: Ruy Teixeira | Mostra “Refúgios Urbanos”, apresentada pela Mestre Artesão, reúne peças de seis designers convidados com cenografia do FLO Atelier Botanico
REFÚGIOS URBANOS
Do latim refugium, “lugar para onde se foge”, derivado de refugere, “fugir para longe”. Também sinônimo de abrigo, proteção e alívio diante de tempestades e ameaças naturais. Espaço de calma e reconexão sem precisar apostar em uma mudança de rotina. Este é o cavalo de batalha por trás da Mestre Artesão: a sensação de férias sem sair de casa. Peças que recriam a essência do bem-estar, da sensação de toque, conforto e espírito do tempo. Enquanto o ritmo da cidade não parece desacelerar jamais, a casa assume o papel de refúgio.
A primeira mostra de design da Mestre Artesão com curadoria do diretor criativo Ricardo Gaioso. A cenografia, desenvolvida pela FLO Atelier Botanico, cria um percurso imersivo por três ambientações internas e externas que traduzem a ideia de refúgio urbano construídas a partir das peças criadas por seis diferentes designers. Com esse recorte, “Refúgios Urbanos” se posiciona como um laboratório de ideias sobre a casa como construção cultural, política e sensorial.
“O habitar como um ato de autointerpretação e um fragmento do mundo que nos cerca” – Ricardo Gaioso
Designers convidados
Bruno Niz
Camilla D’Anunziata
Carolina Starke
Felipe Protti
Marcelo Stefanovicz
Paola Müller
Refúgios Urbanos por Mestre Artesão
Curadoria Ricardo Gaioso
Cenografia FLO Atelier Botânicpo
Data: de 03 a 13 de setembro de 2025 | segunda a sábado, das 10h às 19h
Local: FLO Atelier Botânico, São Paulo Rua Fernão Dias, 604 – Pinheiros, São Paulo
Instagram @mestreartesao
Fotos de Ruy Teixeira

Fotos : Ruy Teixeira | Daedalus de Marcelo Stefanovicz com tapeçaria assinada por Paola Müller compõe o cenário de casas de grandes metropoles urbanas,superfícies amplas, linhas arquitetônicas, ruído que poderia ser melodia.

Foto : Ruy Teixeira | Cadeira Jack de Felipe Protti com tapeçaria assinada por Paola Müller compõe o cenário de casas de grandes metropoles urbanas,superfícies amplas, linhas arquitetônicas, ruído que poderia ser melodia.

Foto : Ruy Teixeira | Construir espaços que continuam dentro de nós é o primeiro ritual para manter o bem-estar como protagonista. Esculturas de luz “Solstício” para um equilíbrio contemplativo de Camilla D’Anunziata, Cadeira Aruá do Studio Mestre Artesão e Poltrona com tecido assinado por Paola Müller.

Foto : Ruy Teixeira | Se o tempo realmente existe, o fuso horário daqui não pode ser medido em ponteiros. O sol se estende até tarde da noite. Linha Bossa de Bruno Niz com tecidos assinados por Paola Müller.

Foto : Ruy Teixeira | Se o tempo realmente existe, o fuso horário daqui não pode ser medido em ponteiros. O sol se estende até tarde da noite. Linha Bossa de Bruno Niz com tecidos assinados por Paola Müller. Fotos de Ruy Teixeira.

Foto : Ruy Teixeira | Com linhas precisas e estrutura racional, a Coleção Zig de Carolina Starke é composta de cadeira que possui ângulos retos que definem a silhueta minimalista da estrutura e criam um diálogo direto entre pernas, braços e encosto, que se encontram sempre em 90 graus. Foto Ruy Teixeira
Sobre as linhas e os designers convidados
Bruno Niz – Bossa
Referência à elegância despretensiosa que surgiu entre os anos 1950 e 1960 no Rio de Janeiro. Um tempo em que o modernismo saía das pranchetas e ganhava as ruas, as casas, os clubes e as praias. Inspirada nesse espírito, a coleção traduz em formas o clima solar, a arquitetura limpa.
Designer de móveis com pós-graduação em design de mobiliário e design editorial. Desde 2019 à frente do Estúdio Niz, Bruno revela especial fascínio por encaixes e pela combinação de diferentes matérias-primas. Sua formação gráfica contribui para o uso marcante de geometrias e grafismos em suas criações, elementos bem definidos na identidade do estúdio.
Camilla D’Anunziata – Solstício
Esculturas de luz para um equilíbrio contemplativo, a coleção Solstício traz as luminárias Zen e Vetra, de Camilla D’Anunziata, que fundem a força ancestral dos totens com a busca por serenidade e equilíbrio interior. Como pontos de pausa meditativa, as esculturas luminosas carregam o alto artesanato tradicional da Mestre criando projeções de luz texturizadas que são um convite ao momento presente.
Tendo a moda como ponto de partida em sua incansável trajetória, a artista carioca se enveredou pelo universo da criação independente. Fundou o RED Studios, que atuava como uma residência criativa entre a arte e o design, aprofundou os estudos de terapias holísticas e, a partir de 2017, assina coleções especiais que vão desde peças de produção experimental até obras sensoriais.
Paola Müller – Jardim Concreto
Trazer a natureza para dentro de casa é tanto um desejo quanto um desafio. O contraste – sutil ou marcante – cria diálogos entre cores, formas, padrões e texturas que se complementam. A coleção apresenta tecidos que mimetizam jardins, trazendo imagens da natureza para os interiores, combinando com padrões gráficos e urbanos. Uma série que celebra os opostos e as suas possibilidades, entre o orgânico e o geométrico.
Carolina Starke – Zig
Com linhas precisas e estrutura racional, a Zig é composta de cadeira que possui ângulos retos que definem a silhueta minimalista da estrutura e criam um diálogo direto entre pernas, braços e encosto, que se encontram sempre em 90 graus. Projeto de Carolina Starke exclusivo para a Mestre Artesão.
A partir da simplicidade estética e da atenção aos detalhes, a catarinense busca a sintonia entre forma e função. O olhar curioso e inquieto explora inspirações e ensinamentos de experiências adquiridas no Politécnico de Turim e na PUC-PR, o que a fez conquistar prêmios importantes, como o Brasil Design Award e o Museu da Casa Brasileira.
Felipe Protti – Jack
Desafia as noções tradicionais de mobiliário ao unir forma, função e uma estética brutalista elegante. Com estrutura de alumínio polido e encosto em geometria vertical, a cadeira incorpora um cabideiro na parte traseira – um gesto discreto de praticidade contemporânea.
Após o lançamento da poltrona Jack em Milão, durante o Salão do Móvel, a peça ganha um remix pensado como cadeira – assinatura de Felipe Protti. O assento ganha revestimento da nova linha de tecidos da designer Paola Müller.
Marcelo Stefanovicz – Daedalus
Uma repetição rítmica de cilindros, preenchidos por espuma, simbolizando dedos articulados que convergem em uma estrutura contínua e aconchegante, como referência: Brancusi, Sérgio Camargo, Gaetano Pesce. Daedalus, pai de Ícaro escultor, mestre da engenharia e design dá o nome a estas peças feitas de repetições, entradas e curvas, com complexidade estrutural e pensamento escultórico.
A desconstrução é essencial no desenho do paranaense, designer finalista (parte da dupla Outra Oficina) do prêmio de design de coleção da Casa Vogue, eleito um dos 40 designers mais importantes do Brasil pela Casa Claudia. Atua desde 2017 em voo-solo e tem no portfólio importantes exposições, como no Museu Oscar Niemeyer, Farol Santander e CCSP.
Sobre a Mestre Artesão
Pensar a cadeia industrial pelo olhar de um artesão pode ser uma definição razoável para a origem da Mestre Artesão. Porém, foi ao longo dos últimos 17 anos que o desenvolvimento em capital humano, aperfeiçoamento técnico e investimento em design que consolidou a marca como escolha certa para mobiliário de área externa (e além). A base por trás da estrutura de proporções industriais é familiar. Formada por um casal de entusiastas do morar urbano, a marca é liderada por Júlio Amarante e a Paula Forbeck, que encontraram um modo de trazer o bem-estar ao ar livre para o espaço privado.
Atuando ativamente no ciclo de sustentabilidade, a fábrica desenvolve peças de longo processo de uso. Na cadeia fabril, todos os resíduos de alumínio são encaminhados para reciclagem, os retalhos de fibra sintética são coletados e reciclados em sua totalidade, além das sobras de corda náutica que são doadas para instituição de artesanato. A madeira cumaru, utilizada nas peças, leva certificação do IBAMA.
Sobre Ricardo Gaioso
Formado em Comunicação por uma das universidades mais prestigiadas do Brasil (Cásper Líbero, em São Paulo) e com Mestrado em Paris (École Nationale Supérieure des Arts Décoratifs), Ricardo Gaioso divide seu tempo entre Milão e São Paulo, atuando em previsão de tendências, curadoria e estratégias de comunicação nos campos de design e arquitetura. Seu portfólio inclui marcas consolidadas como Etel, Micasa, Herança Cultural e Boobam.
Colabora como diretor criativo nas editoriais de Home e de Surfaces no A+A Design Studio, em Milão, agência de pesquisa de tendências do grupo Marangoni. Fundou o Piloto Milano, mostra de design brasileiro integrante do circuito FuoriSalone de Milão. Já atuou como curador na Maison&Objet Paris, Ambiente Alemanha e MADE São Paulo. Seus projetos pessoais incluem cursos online e palestras em mais de 10 cidades, com um público de mais de 20 mil pessoas. Colabora com publicações como Harper’s Bazaar, Casa Vogue, GQ, L’Officiel, PIN-UP Nova York H.O.M.E. Alemanha e Flair Áustria, e foi diretor da KAZA Magazine por três anos. Participou de projetos de marketing e sua pesquisa de previsão de tendências o levou a mais de 40 países. Vive e trabalha em Milão há 3 anos.
Assessoria de imprensa :
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