De acordo com os arquitetos do escritório Meneghisso & Pasquotto Arquitetura, na temporada mais quente do ano o conforto e eficiência energética são prioridades para quem busca climatizar ambientes com inteligência e economia
O conforto térmico quando estamos em casa é algo que desejamos o ano inteiro, mas especialmente no verão essa vontade é impulsionada pelas altas temperaturas. Por isso, o ar-condicionado é um recurso essencial para amenizar o calor e diante desse cenário os arquitetos Alexandre Pasquotto e Mariana Meneghisso, à frente do escritório Meneghisso & Pasquotto Arquitetura, destacam a importância de escolher o equipamento adequado.
“Não se trata apenas de refrescar o clima, mas também contribui com o bem-estar das pessoas e, a depender do modelo, melhorar a qualidade do ar”, ressaltam os profissionais, que ainda destacam a questão financeira. “O modelo certo coopera para não haver um consumo excessivo de energia, gastos desnecessários com manutenção e a frustração de ter uma climatização ineficiente que não atende o esperado”, complementam.
O que saber antes de comprar um ar-condicionado?
O aparelho mais popular ou o mais caro não são parâmetros para a realização da compra. Segundo Alexandre Pasquotto, o primeiro passo é avaliar as expectativas do morador, que variam entre cômodos mais frescos para uma melhor qualidade de vida, e as dimensões do local.
Entretanto, o ar-condicionado entrega muito mais para a saúde: seu funcionamento coopera no controle da umidade que, por sua vez, mitiga questões como o mofo e o bolor, característicos de regiões mais úmidas. Ainda na parte respiratória, ele filtra partículas como poeira, alérgenos e agentes poluentes, melhorando significativamente a qualidade do ar.
A área disponível para a instalação é outro fator determinante, já que os diferentes modelos produzidos pelos fabricantes dispõem de requisitos específicos para as unidades internas e externas. As condensadoras que ficam do lado de fora precisam de ventilação adequada para expelir o ar quente gerado durante a operação e em apartamentos costumam ser instaladas em varandas técnicas ou caixas específicas. Mas alguns sistemas como o VRF, que atendem múltiplos ambientes, exigem dimensões maiores e precisam ser planejados com antecedência.
Já nos ambientes internos, as demandas variam conforme o modelo escolhido. O sistema Hi Wall é compacto e recomendado para cômodos menores e a versão K7, com insuflamento em quatro direções, requer um entreforro. Já os sistemas mais robustos, por meio de dutos, são indicados para áreas mais amplas que acomodem os alçapões de manutenção e difusores. “Cada um apresenta exigências específicas e nossa análise no projeto corrobora para o melhor desempenho do equipamento, além de evitar problemas futuros”, alerta Alexandre.
Ademais, a infraestrutura elétrica precisa ter uma voltagem compatível com o equipamento – 110 ou 220 V –, ou trifásico, no caso dos sistemas mais robustos. Não mesmo importante, o design é outro ponto considerado: equipamentos embutidos e discretos estão em alta, especialmente em projetos residenciais. “Além de funcional, o ar-condicionado pode ser integrado ao cômodo sem comprometer a estética”, destaca Mariana Meneghisso.
A dupla de arquitetos descreve os tipos de ar-condicionado encontrados no mercado, com variações principalmente nas formas de insuflamento do ar refrigerado para os ambientes – isto é as formas que ele é soprado para dentro dos ambientes:
- Ar-condicionado Hi Wall: Fixado na parede, é uma das opções mais populares para residências, especialmente em dormitórios e salas de pequeno ou médio porte. A unidade interna é conectada à unidade externa (condensadora) por tubulações e o dreno é fixado na mesma parede para eliminar a água condensada.
- Ar-condicionado K7 Quatro Vias: Comumente empregado em escritórios e ambientes comerciais, ele distribui o ar refrigerado em quatro direções para recobrir uma área maior. Instalado em tetos com entreforro, que devem apresentar altura mínima de 35 e 40 cm para acomodar a evaporadora, o dreno é bombeado para o sistema de esgoto ou pluvial, entregando um excelente resultado em áreas com alta demanda de refrigeração.
- Sistema de Grelha ou Insuflador: Indicado para grandes metragens com a necessidade de uma climatização homogênea como salões ou locais comerciais amplos. Esse sistema requer um projeto mais elaborado e executado com dutos de aço galvanizado que distribuem o ar refrigerado por difusores. Os arquitetos explicam que a manutenção exige um alçapão de acesso generoso (entre 40×40 cm e 60×100 cm) e a colocação de retornos de ar feitos com tabica perfurada ou outros acabamentos específicos.
- Sistemas Multi-split e VRF (Volume de Refrigerante Variável): perfeitos para atender vários ambientes simultaneamente. No caso do multi-split, atende residências maiores ou pequenos escritórios com a climatização de 2 a 5 cômodos com apenas uma condensadora, ao passo que o VRF, mais avançado, é recomendado para edifícios inteiros ou grandes residências por sua alta capacidade e eficiência.
Alexandre aponta que um dos avanços mais atuais é o sistema inverter que ajusta automaticamente a velocidade do compressor de acordo com a exigência, reduzindo o consumo energético em até 40%. Além disso, entrega maior durabilidade e opera com menor ruído. “A tecnologia pode parecer mais cara inicialmente, mas a economia no consumo de energia e a redução nos custos de manutenção compensam esse investimento”, esclarece. Já modelos portáteis são populares entre os usuários que não dispõem de infraestrutura para instalações fixas.
Como calcular os BTUs?
A eficiência de um ar-condicionado depende diretamente do cálculo correto de BTUs (unidade de medida de capacidade térmica). Mariana sugere uma fórmula simples para começar: multiplicar a largura pela profundidade do ambiente em metros e, em seguida, multiplicar este valor por 600.
“É fundamental considerar fatores adicionais como insolação, presença de equipamentos eletrônicos e o número de pessoas no ambiente”, alertam os arquitetos. Como referência em locais com alta exposição solar é preciso acrescentar entre 800 e 1000 BTUs por m² e em salas com equipamentos que geram calor, como projetores ou TVs, é recomendável somar até 600 BTUs por aparelho.
Limpeza no dia a dia
Passado todo esse processo, a usabilidade do ar-condicionado requer uma limpeza que contribuirá para a saúde do usuário e a vida útil do equipamento. Para tanto:
- O lado externo e o controle remoto devem ser higienizados com pano seco – que pode ser até umedecido para sujidades mais difíceis, mas nunca acrescidos de produtos químicos;
- O painel frontal, que deve ser limpo apenas com um pano seco, costuma ser removível – todavia, essa informação é confirmada apenas ao visualizar as orientações do fabricante quanto à limpeza interna da unidade;
- Os filtros são limpos com aspirador de pó e posteriormente lavados em água corrente e devidamente secos. Quando produzidos com carvão ativado ou HEPA, é recomendado apenas o aspirador de pó e a substituição conforme a recomendação do fabricante.
Manutenção preventiva
Regularmente, solicitar o suporte de um profissional especializado é indispensável. “A manutenção no meio do ano é mais econômica e garante que o aparelho esteja em perfeito estado para o verão”, sugerem os arquitetos. No check list da revisão estão incluídos a verificação da carga de gás, funcionamento do sistema elétrico, limpeza da unidade externa e, se necessário, substituições de componentes.
Sobre a Meneghisso & Pasquotto Arquitetura
Com referências importantes na viabilidade executiva do projeto, somado a formação afinada em forma e estética, a dupla de arquitetos se completa na criação e concepção dos trabalhos. O escritório atua em projetos residenciais, comerciais e corporativos. Tendo como premissa produzir soluções, através de projetos autorais funcionais, atemporais, nos diversos vieses estéticos e de estilo, que traduzam boa arquitetura e a personalidade do cliente.
Mariana Meneghisso
Arquiteta Urbanista pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Design de Interiores pela Escola Panamericana de Artes. Pós Graduada em Responsabilidade Civil pela Fecaf, Pós Graduada em Neuroarquitetura pela Ipog, Especialista em Perceptual Design pelo Instituto Politécnico de Milão. Membro da Academy of Neuroscience for Architecture Brasil. Sócia titular da Meneghisso & Pasquotto Arquitetura desde 2005.
Alexandre Pasquotto
Arquiteto Urbanista pela Universidade Bandeirantes de São Paulo, Técnico em Edificações pela E.T.E. Júlio de Mesquita, Pós Graduando em Cálculo Estrutural pela Ipog, atua na construção civil residencial, industrial e corporativa desde 1992, consultor em dimensionamento, viabilidade e custos no ramo civil. Sócio titular desde 2004 da Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
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