
Foto: Lio Simas | Projeto: PB3 Arquitetura e Interiores | A árvore dos sonhos é uma escultura interativa que cresce e se transforma durante a mostra
Na estreia da PB3 Arquitetura e Interiores, o público é recebido por um espaço que transcende a função de hall e bilheteria. O Jardim do Imaginário é um convite para desacelerar, sentir e sonhar. Assinado pelas arquitetas Ana Luísa Speck, Cinthia Massa e Vitória Pratts, o ambiente de 96,53 m² propõe uma imersão sensorial e lúdica logo na chegada à mostra, que segue aberta até 9 de novembro.
Inspirado no tema da mostra deste ano, Semear Sonhos, o ambiente foi concebido para despertar introspecção, esperança e conexão com o invisível. A proposta, segundo as profissionais, é criar a sensação de estar dentro de um sonho, onde realidade e fantasia se entrelaçam. O visitante é convidado a interagir, refletir e participar ativamente da instalação, que ganha vida ao longo do evento.
A árvore dos sonhos: símbolo da esperança
O ponto central do espaço é a árvore dos sonhos, uma escultura interativa que cresce e se transforma durante a mostra. Nela, o público é convidado a trocar papéis brancos biodegradáveis, contendo sementes e mensagens positivas, por folhas coloridas, simbolizando o florescer dos desejos e intenções. Cada visitante leva consigo uma semente, perpetuando o ciclo do sonhar e do semear.
Ao lado, uma estante curva em drywall abriga objetos simbólicos que representam sonhos realizados, em gestação e ainda por vir. Essa composição cria um diálogo entre o concreto e o etéreo, entre o que já existe e o que ainda está por se manifestar — uma metáfora sensível sobre o poder da imaginação e da esperança.
Atmosfera, materiais e tendências

Foto: Lio Simas | Projeto: PB3 Arquitetura e Interiores | Na bilheteria, paleta suave de tons cinza e pedras claras criam atmosfera onírica e acolhedora.
O Jardim do Imaginário combina elegância e leveza em uma paleta suave de tons cinza e pedras claras, criando uma atmosfera onírica e acolhedora. As paredes e prateleiras em acabamento velvet trazem textura e sofisticação, contrastando com o toque natural das pedras brutas aplicadas na bilheteria, que conferem imponência ao espaço.
Entre os destaques do design, o sofá Ota, do designer Mauricio Bomfim, inspirado nas asas abertas de uma gaivota, reforça o conceito de liberdade e movimento. O mobiliário orgânico, aliado à automação e sonorização ambiental, completa a experiência sensorial do visitante.
Sustentabilidade e propósito
Com olhar atento à sustentabilidade, o projeto incorpora o uso de materiais biodegradáveis e promove uma interação consciente: cada papel da árvore dos sonhos contém sementes que podem ser plantadas, simbolizando o ciclo contínuo de regeneração e esperança. A proposta reforça o papel da arquitetura como mediadora de experiências significativas e transformadoras.
Funcionalidade e experiência

Foto: Lio Simas | Projeto: PB3 Arquitetura e Interiores | Percurso foi planejado para garantir fluidez e amplitude.
Embora pensado como um espaço expositivo, o hall e bilheteria da mostra cumprem também um papel funcional e acolhedor. O percurso foi planejado para garantir fluidez e amplitude na entrada, conduzindo o visitante por um caminho que desperta curiosidade e contemplação. A experiência é guiada pela emoção — cada detalhe é um convite à pausa e à reflexão.
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