Plataforma inovadora de arte e arquitetura inicia internacionalização com mostra em Paris

ABERTO4

por admin-viva
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Uma celebração da arquitetura, arte e design brasileiros na Maison La Roche, ABERTO4 propõe uma imersão única na relação entre o célebre arquiteto franco-suíço Le Corbusier e a arquitetura modernista brasileira, celebrando as influências mútuas que moldaram um dos movimentos mais marcantes do século 20

Créditos :@FLC – ADAGP F. Betsch
Maison La Roche – Detalhe da Maison La Roche, em Paris

A ABERTO, plataforma expositiva idealizada por Filipe Assis para a difusão da arte, design e arquitetura brasileira, dá um passo decisivo em sua trajetória com a internacionalização de sua programação. A quarta edição da plataforma, ABERTO4 é realizada em Paris, na icônica Maison La Roche, entre 13 de maio e 8 de junho de 2025, marcando o início de um novo ciclo de exposições bianuais no exterior.

A ABERTO, criada em 2021, estreou em uma residência projetada por Oscar Niemeyer em São Paulo, consolidando-se rapidamente como uma plataforma inovadora que une arte, design e arquitetura em espaços modernistas icônicos. Em apenas dois anos, a plataforma já realizou três edições no Brasil, celebrando a arquitetura modernista e promovendo o diálogo entre o passado e o presente da cultura brasileira.

A expansão para Paris marca um momento decisivo na trajetória da plataforma. Na Maison La Roche, a ABERTO não apenas celebra a arquitetura modernista, mas também reafirma seu compromisso com a promoção do patrimônio cultural brasileiro em um contexto global. O evento se posiciona, ainda, em consonância com o Ano Cultural Brasil-França e com a passagem dos 60 anos da morte do arquiteto, urbanista, escultor e pintor Le Corbusier.

Para Filipe Assis, a plataforma atua como um agente de intercâmbio cultural. “A missão é atuar como ponte entre a arte brasileira e o cenário internacional”, afirma.

ABERTO4: Arte e Arquitetura Brasileira encontram Le Corbusier em Paris

A quarta edição da ABERTO será realizada na Maison La Roche, um marco do patrimônio moderno e Patrimônio Mundial da UNESCO. A exposição celebra a relação profunda entre o célebre arquiteto franco-suíço Le Corbusier e a arquitetura modernista brasileira, explorando as influências mútuas que moldaram um dos movimentos mais marcantes do século 20.

A mostra apresentará cerca de 40 obras de renomados artistas brasileiros, destacando a influência de Le Corbusier na arquitetura e no design do Brasil. A curadoria é assinada por Filipe Assis, Lauro Cavalcanti, Claudia Moreira Salles e Kiki Mazzucchelli, e promete uma experiência imersiva, onde as obras se interrelacionam com a arquitetura única da Maison La Roche.

Destaques da Exposição em Paris

A ABERTO4 apresentará uma seleção rica e diversificada de obras que exploram as múltiplas facetas de Le Corbusier e sua relação com o Brasil. Entre os destaques estão:

  • Correspondências inéditas: Documentos que revelam o diálogo entre Le Corbusier e Lucio Costa, pertencentes ao Espólio de Lucio Costa, mostrando a troca intelectual e criativa entre os dois arquitetos.
  • Maquetes históricas: Três versões de projetos do Ministério da Educação e Saúde (MES), no Rio de Janeiro, um marco da arquitetura modernista brasileira que incorporou os princípios de Le Corbusier.
  • Estudos urbanísticos: Projetos para São Paulo e Rio de Janeiro, emprestados pela Fondation Le Corbusier, que mostram a influência do arquiteto no planejamento urbano brasileiro.
  • Estudo em guache de Burle Marx: Um trabalho elaborado para os jardins do Ministério da Educação, do acervo do Instituto Burle Marx, que destaca a integração entre arquitetura e paisagismo.
  • ⁠ ⁠Le Corbusier como artista: Pinturas e esculturas que evidenciam a visão multifacetada de Le Corbusier, incluindo a famosa Main ouverte, 1963 (Mão Aberta), da série produzida em esmalte, e a rara Nature morte Vézelay, 1939, poucas vezes exibida ao público, que reflete a transição do artista do purismo para uma abordagem mais expressiva e abstrata.
  • ⁠ ⁠Artistas brasileiros históricos do período concreto: Obras de Cicero Dias, Sérgio Camargo, Lygia Clark, Lygia Pape, Amilcar de Castro e Maria Martins, que representam a efervescência artística do modernismo brasileiro.
  • Comissões contemporâneas: Obras criadas especialmente para a ABERTO4 por artistas brasileiros renomados, como Luiz Zerbini, Beatriz Milhazes, Juan Araujo, Marina Perez Simão, Sônia Gomes, Antonio Tarsis, Laís Amaral e Sidival Fila. Essas obras dialogam diretamente com o espaço da Maison La Roche e com o legado de Le Corbusier.

Entre as comissões contemporâneas, destacam-se:

  • Luiz Zerbini: Uma pintura que mescla formas geométricas e flora tropical, aludindo à arquitetura modernista e à influência de Le Corbusier no Brasil.
  • ⁠ ⁠Juan Araujo: Uma pintura alusiva à cúpula de Niemeyer para a Sede do Partido Comunista em Paris (1968-71), explorando a relação entre os dois arquitetos.
  • ⁠ ⁠Beatriz Milhazes: Uma colagem inspirada nas obras gráficas vibrantes de Le Corbusier, refletindo a influência do design modernista.
  • Luísa Matsushita: Uma intervenção que dialoga com as cores orgânicas da Maison La Roche, integrando-se ao espaço de forma harmoniosa.
  • Marina Perez Simão: Uma pintura mural na sala de jantar da Maison La Roche, harmonizando-se com a policromia do espaço e criando uma conexão visual com a arquitetura de Le Corbusier.

 

Uma experiência imersiva na Maison La Roche

A Maison La Roche, projetada por Le Corbusier e Pierre Jeanneret, é um espaço único que promove uma conexão íntima entre o visitante e as obras. Com tetos baixos e designs orientais, a arquitetura do local amplifica a experiência da exposição, criando um diálogo profundo entre as obras e o espaço. “Essas casas oferecem uma intimidade inesperada”, observa Claudia Moreira Salles, destacando como o ambiente enriquece a conexão entre o visitante e as obras.

Galerias e artistas participantes

A ABERTO4 contará com a participação de renomadas galerias e artistas brasileiros, incluindo Mendes Wood DM, Almeida & Dale, Mennour, Fortes D’Aloia & Gabriel, Nara Roesler e Luisa Strina, dentre outras.

A lista completa reúne os seguintes artistas:

Aluísio Carvão, Amílcar de Castro, Anna Maria Maiolino, Antônio Tarsis, Beatriz Milhazes, Cicero Dias, Erika Verzutti, Hélio Oiticica, Juan Araujo, Lais Amaral, Le Corbusier, Liuba Wolf, Luísa Matsushita, Luiz Zerbini, Lygia Clark, Lygia Pape, Marcius Galan, Maria Klabin, Maria Martins, Marina Simão, Mauro Restiffe, Milton Dacosta, Mira Schendel, Roberto Burle-Marx, Sandra Cinto, Sergio Camargo, Sidival Fila, Sonia Gomes, Sophia Loeb e Tunga.

Sobre Filipe Assis

Divulgação : Filipe Assis

Filipe Assis, nascido em São Paulo em 1987, é consultor de arte e fundador da ABERTO. Com mestrado pelo Sotheby’s Institute of Art e MBA pela SDA Bocconi, ele tem se dedicado a promover a arte e o design brasileiros internacionalmente. Assis é patrono da Tate Modern e da Serpentine Gallery, destacando seu papel significativo na comunidade artística global. Com formação em finanças e imóveis, incluindo nove anos na empresa de imóveis de luxo JHSF, e experiência na gestão de fundos no Banco Itaú e na Generali Real Estate, Assis traz uma perspectiva comercial única para o mundo da arte. Desde que fundou a ABERTO, tem trabalhado em estreita colaboração com as renomadas curadoras Kiki Mazzuchelli e Claudia Moreira Salles para estabelecê-la como uma plataforma líder para as artes brasileiras, integrando sua perspicácia comercial com sua paixão pela arte.

Sobre Claudia Moreira Salles

Divulgação : Claudia Moreira Salles

Claudia Moreira Salles, uma designer de destaque, formou-se na Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro em 1978. Sua carreira começou no Instituto de Desenho Industrial do Museu de Arte Moderna do Rio, onde trabalhou em um projeto de mobiliário para escolas públicas. Mudando-se para São Paulo, Salles passou a integrar a equipe de design da Escriba, uma fábrica de móveis, desenvolvendo projetos mais autorais e mergulhando no trabalho com madeira e no artesanato. Suas primeiras peças foram comercializadas pela Nanni Movelaria, pioneira na promoção de designers independentes durante a década de 1980. Na década de 1990, Salles cruzou com Etel Carmona, que havia estabelecido uma fábrica dedicada a reviver as técnicas tradicionais de trabalho com madeira. Juntas, eles exploraram a linguagem simples, porém rica, do design de móveis padrão, com foco em madeiras nativas. Com o tempo, Salles expandiu suas colaborações para incluir marcas como Firma Casa e Dpot, diversificando sua prática para abranger objetos e luminárias para vários clientes. Internacionalmente, ela é representada pela Galeria Espasso em Nova York, Miami e Londres, bem como pela ETEL em Milão.

Sobre Kiki Mazzucchelli 

Divulgação : Kiki_Mazzucchelli

Kiki Mazzucchelli, nascida em São Paulo em 1972, tem sido uma curadora ativa desde o início dos anos 2000. Nos últimos anos, sua pesquisa tem se dedicado a expandir e enriquecer as narrativas históricas da arte, com foco especial nos artistas latino-americanos. Ela é autora e editora de várias publicações que destacam a arte latino-americana, incluindo as monografias de Tonico Lemos Auad (Koenig, 2018) e Marcelo Cidade (Cobogó, 2016). Mazzucchelli também é conhecida por suas funções como cofundadora do espaço independente Kupfer em Londres (2017) e pela residência para artistas brasileiros na Gasworks, também em Londres (2017). Desde o início de 2022, ela atua como diretora artística da Galeria Luisa Strina, solidificando ainda mais seu compromisso com a promoção da arte e dos artistas contemporâneos. 

Sobre Lauro Cavalcanti 

Lauro Cavalcanti nasceu no Rio de Janeiro, em 1954.

Curador da ABERTO4, é arquiteto, antropólogo, curador de artes visuais e escritor.

Autor de vários livros sobre arquitetura, arte, estética e sociedade entre os quais Dezoito Graus: uma história do Palácio Capanema, Moderno e Brasileiro: história da formação de uma linguagem 1930-1960, Ainda Moderno: arquitetura brasileira contemporânea (2005), Arquitetura Kitsch (1979/2006), Arquitetura de Motéis Cariocas (1982/2006), Preocupações do Belo (1995) e Quando o Brasil era Moderno (2001), este publicado nos EUA pela Princeton Architectural Press (2003). Inúmeros ensaios publicados em livros e revistas de arte e arquitetura na França, Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Itália, Portugal, México e Japão. Conselheiro da Casa de Lucio Costa, da Fundação Oscar Niemeyer. Diretor da Casa Roberto Marinho (2014 até o presente), do Paço Imperial (1992-2014) e Professor da Esdi – Escola Superior de Desenho Industrial da UERJ (1996-2018).

 

Assessoria de imprensa : 
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Divulgação :ABERTO4

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