As cores primárias são um dos primeiros conceitos que aprendemos na infância, mas seu impacto vai muito além da escola. Na arquitetura e no design de interiores, elas são essenciais para composições equilibradas e cheias de estilo.
E saber como combinar esses tons é fundamental para criar projetos harmônicos e cativantes. Então, se você quer entender melhor o uso das cores primárias e explorar outras classificações importantes, este artigo é para você. Continue lendo!
O que são cores primárias e secundárias?
As cores primárias são vermelho, amarelo e azul. Elas são chamadas assim porque são puras, ou seja, não resultam da mistura de outras cores.
Já as cores secundárias surgem da combinação entre duas primárias, formando tons vibrantes e equilibrados que ampliam as possibilidades na arquitetura e no design de interiores.

Cores primárias são vermelho, amarelo e azul – Foto: Viva Decora
A partir da mistura das cores primárias, é possível criar diversas tonalidades, conhecidas como cores secundárias, com exceção do branco. Essas cores são formadas pela união de duas primárias, como nos exemplos abaixo:
- azul + amarelo = verde;
- amarelo + vermelho = laranja;
- vermelho + azul = roxo.

As cores secundárias surgem da mistura de duas cores primárias – Foto: Viva Decora
Quando falamos de cores primárias e secundárias, não podemos deixar de citar também as cores terciárias. Trata-se da união de uma cor primária e uma secundária. Por exemplo:
- vermelho + roxo = vermelho-arroxeado;
- vermelho + laranja = vermelho-alaranjado;
- amarelo + verde = amarelo-esverdeado.

As cores terciárias surgem da mistura entre cores primárias e secundárias – Foto: Viva Decora
Profissionais que trabalham com cores primárias, secundárias e terciárias utilizam um recurso essencial na criação de projetos equilibrados: o círculo cromático. Esse instrumento contém 12 cores e facilita a definição das melhores combinações para assegurar a harmonia e a coerência visual na arquitetura e no design de interiores.

O círculo cromático é um guia visual para combinar cores harmoniosamente – Foto: Shutterstock
Uma das formas de uso do círculo cromático é a análise das combinações análogas, que unem uma cor às suas vizinhas, criando um efeito uniforme e agradável. Além disso, existem as combinações complementares, que contrastam tons opostos, e a combinação triádica, que distribui três cores equidistantes no círculo.
Além da classificação tradicional das cores primárias, secundárias e terciárias, existem outras formas de organizá-las. Aprofundando-se na mistura das cores primárias, encontramos duas classificações importantes: a tríade aditiva e a tríade subtrativa.
Afinal, o que é tríade aditiva e tríade substantiva?
Como as cores existem em função da luz, foi desenvolvido um sistema de cores-luz, dividido em síntese aditiva e subtrativa. Essa classificação, que define cores primárias e secundárias, é amplamente utilizada no design gráfico.
Na tríade aditiva, as cores primárias – vermelho, verde e azul – se combinam para formar a luz branca. Esse sistema é conhecido como RGB (red, green e blue) e está presente em telas de dispositivos eletrônicos, como monitores e televisões.

Tríade aditiva – Foto: Wikipédia
A tríade subtrativa é formada por magenta, amarelo e ciano, sendo as cores secundárias da luz. Elas surgem a partir da mistura das cores da tríade aditiva, resultando nos seguintes tons:
- vermelho + verde = amarelo;
- vermelho + azul = magenta;
- verde + azul = ciano.
Essas cores são chamadas de subtrativas porque, quando combinadas, absorvem a luz e resultam no preto, representando a ausência total de luz. Esse sistema é conhecido como CMYK (cyan, magenta, yellow e black) e é amplamente utilizado em materiais impressos para assegurar a fidelidade na reprodução das cores.

As cores subtrativas resultam da absorção da luz, formando o sistema CMY – Foto: Wikipédia
Como utilizar cores quentes e frias?
Além de entender a mistura das cores primárias, é essencial considerar a temperatura das cores para criar projetos equilibrados e funcionais. Esse conceito foi desenvolvido pelo psicólogo alemão Wilhelm Wundt (1832-1920) e está ligado às sensações que as cores transmitem.

Amarelo é uma cor primária associada ao sol e ao fogo – Projeto: Jacqueline Fumagalli | Foto: Ronaldo Rizutti
As cores quentes, como amarelo, laranja e vermelho, são associadas ao sol e ao fogo. Elas transmitem energia, calor e dinamismo. O vermelho, por exemplo, é muito usado em ambientes que buscam despertar atenção e provocar emoções intensas.
Já as cores frias são associadas à água, gelo, céu e natureza. Entre elas estão o violeta, azul e verde, que transmitem uma sensação de calma, frescor e tranquilidade. Essas tonalidades são frequentemente usadas em ambientes que buscam conforto e equilíbrio visual.

Azul pode ser usado para transmitir conforto e equilíbrio visual – Projeto: Mari Milani + Arquitetas | Foto: Mariana Camargo
A aplicação de cores quentes ou frias deve levar em conta diversos fatores, como a dimensão do espaço. Ambientes pequenos com cores quentes podem parecer sufocantes, enquanto espaços amplos com tons frios podem transmitir uma sensação de vazio ou melancolia.
Saiba que a incidência de luz natural é um fator essencial ao escolher entre cores quentes ou frias. Afinal, a luz pode intensificar tons quentes e suavizar tons frios. Ambientes com pouca iluminação podem ser “aquecidos” com cores vibrantes, enquanto espaços muito iluminados ficam mais equilibrados com tons frios.
O que são as cores neutras?
Agora que você já conhece as cores primárias, é hora de explorar outra classificação essencial para a arquitetura e o design de interiores: as cores neutras.

Branco é uma cor neutra fácil de combinar com qualquer paleta – Projeto:
Natália Zambenedetti | Foto: Fabio Jr Severo
Essa categoria inclui branco, preto, cinza, marrom, creme, bege e suas variações. Diferente das cores quentes e frias, as cores neutras apresentam baixa reflexão de luz e não transmitem sensações específicas, tornando-se extremamente versáteis e fáceis de combinar com qualquer paleta.
Saber utilizar as cores primárias de forma estratégica faz toda a diferença na composição de ambientes bem planejados e visualmente equilibrados. Seja no design de interiores ou na arquitetura, conhecer as classificações e combinações de cores ajuda a valorizar qualquer projeto.
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